domingo, 30 de novembro de 2008

Aprendendo a viver no pouco e no muito

Tenho como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo” Filipenses 3:8

Posso dizer que ainda assim, olhava para os versículos 9 e 10 de 2 Coríntios 12 e não entendia. Achava bonito e muito nobre sofrer por Jesus. Mas como assim sofrer por Jesus, como eu preciso sofrer, se Ele levou minhas enfermidades? Foi aí que como o levita Asafe no Salmo 73, estava embrutecido e não entendia os caminhos de Deus, comecei a entender de que se tratava esses dois versículos.

Ouvia meus pastores falarem em desertos, em provações e para dizer a verdade, não me dizia nada. Até que as coisas começaram a ficar estranhas para o meu lado...
Acabara de me formar em Jornalismo e não conseguia emprego. Uma incoerência aos olhos humanos, não fazia sentido, sempre estagiei em lugares conceituados e agora me via sem trabalho. Ficar em casa me fez perceber o quanto sou pequena e desarmada sem Jesus. A todo instante a Palavra: O meu poder se aperfeiçoa na fraqueza(2 Co 12:9), martelava na minha cabeça.

Ia para a igreja, adorava ao Senhor e nem pedia o meu emprego, porque entendia que aquilo era uma fase que o Senhor queria me testar. Havia dias em que não falava com ninguém, apenas à tarde, quando meu noivo ou mamãe me ligavam e cá estava eu. A palavra DESEMPREGADA estava na minha cabeça. Chorava copiosamente aos pés do Senhor e alegrava-me na sua presença. Meu pastor querido disse: isso é crescimento. Eu pensei, esse é o verdadeiro crescimento, sem inchaço, na dor. Comecei a vislumbrar um tanto do que Paulo falava. Alguns dias foram torturantes, parecia um vazio, todos trabalhando e eu em casa. Não fazia sentido.

Minha vida espiritual parecia crescer e alcançar patamares que eu não havia alcançado, cheguei a passar manhãs me regozijando ao ler Levítico, Hebreus e Apocalipse, livros que antes eu considerava chatos e muito complicados. Parecia que Deus estava moendo meu coração. Não me via fraca por opressão maligna, mas por permissão de Deus.

Um dia surgiu uma expectativa muito boa de trabalho. Estava quase tudo certo para começar, quando tudo foi travado. Tão estranho. Amarra demônio daqui, amarra de lá, eu não conseguia entender. Pensei: mas o tal do deserto já não acabou, Jesus? De repente aquela oportunidade que estava ali, à porta, ficou como se estivesse congelada, a imagem congelada de um filme. Me entristeci, não posso negar. Mas continuei buscando a face do Senhor, me alimentando das suas palavras e então veio-me a resposta.

O Espírito guiou-me a ler sobre o Rei Ezequias, especificamente a passagem onde ele mostra todos os seus bens aos embaixadores de Babilônia e logo depois Isaías profetiza o cativeiro babilônico. Aquilo caiu como uma bomba na minha cabeça. O Senhor trouxe a minha mente que eu havia contado a muitas pessoas sobre o emprego, inclusive sobre o desejo da dona da empresa em me transformar em sócia como ela e quem sabe me tornar uma empresária. Senti em meu coração a confirmação de que o deserto prolongara-se devido ao meu impulso e a minha ansiedade.

Pedi perdão a Deus por falar demais e procurei me controlar. O Espírito Santo me revelou isso. E o mais engraçado era que eu vivi tudo isso sozinha. Quando falo de revelações, não era o pastor quem recebia e me dava, ou me aconselhava. Era eu e Jesus. Entendi o que era crescimento.
Nas orações por emprego, lá estava eu lá na frente na igreja. Era humilhante, não posso negar. Ainda me sentia grande. E meus irmãos, a maioria deles mais humildes financeira e intelectualmente do que eu, estavam comigo também , na luta. Entendi que para o Senhor não existe pobre ou rico, com ou sem diploma, é o Senhor quem prospera os seus. Mais um tapinha de Papai para aprender!

A todo instante Deus confirmava no meu coração aquilo que eu já sabia: Eu precisava aprender a ver meus irmãos maiores do que eu, precisava ver que diante de Deus todos somos iguais. Deus disse: “Acaso eu não tenho responsabilidade com a sua vida? Ou sou um Deus irresponsável? Mas preciso fazer você crescer ainda mais”. O Pai me disse que queria que eu soubesse o que é depender inteiramente Dele.

Quando terminei de escrever esse livro, eu ainda não estava trabalhando, mas minha visão de tudo mudou completamente. Estava tranqüila agora, sem ansiedade. Confiando em Deus cegamente... Sei que Ele tem o melhor. Já agradeço por Ele ter permitido o desemprego, só eu sei como o meu interior mudou. E a Bíblia se cumprindo a cada dia: “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os seus estatutos” – Salmo 119:71.

Tudo tem a sua hora, quando lemos Davi dizendo no Salmo 40 que teve de esperar para que Deus o ouvisse, entendemos que há um tempo. Há uma espera. O pregador[1] Salomão também diz que tudo tem sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu (Eclesiastes 3:1). Se eu não estivesse desempregada, esse livro não teria sido escrito.... e muito provavelmente muitas das experiências aqui registradas não teriam acontecido.

[1] Eclesiastes vem do grego Ekklesiastes, que significa pregador

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Aprendendo a perdoar

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós”
Mateus 6:14

Continuando a minha caminhada, comecei a buscar dons e poder de Deus. Confesso que sou uma privilegiada porque tenho pessoas (líderes) cheias da presença de Deus e compromissadas com a verdade que sempre me ensinaram o caminho a ser percorrido. Deus continuava a dizer que tinha pressa em me usar e que se eu estivesse aberta, ele me curaria, me libertaria para as obras que tinha para mim. O segundo acontecimento que marcou essa minha evolução, ainda que pequena, (mas prossigo para o alvo para chegar a estatura de varão perfeito) foi um perdão que precisava ser liberado há quatro anos.
Quatro anos de mágoas e de sofrimento. Eu precisava passar por cima de fatos que aconteceram entre eu e o meu noivo na minha vida velha, que eu não deixei os pés da cruz, mas carregava comigo. Tratava-se de traição, uma das maiores dores que uma mulher apaixonada pode sentir. Não que os homens não sintam, mas para uma mulher é mais difícil. O meu noivo é uma nova pessoa em Cristo, mas ainda assim, quando eu tinha oportunidade jogava na cara dele o sofrimento que ele havia me causado. Um dia, senti o Espírito me dizer: “Quem é você para não o perdoar, se Cristo, que padeceu na carne por ele, já o perdoou?” Pedi ajuda ao Senhor e consegui entender no meu espírito o que Cristo diz: Sede misericordiosos e alcançareis misericórdia.

À medida que eu ia contemplando o meu interior cheio de manias e de defeitos, eu via o quanto precisava da misericórdia de Deus. E o perdão brotou e fez desabrochar a minha cura. A cura de um sofrimento guardado a sete chaves no meu coração.
A obra redentora e transformadora já havia sido feita por Jesus, eu é que não tomava posse. Me levantei e com uma paz no coração continuei, lutando contra a voz de Satanás que insistia em dizer que eu tinha “sangue de barata”. Eu respondia: Tenho sangue de Jesus e não de barata. Inseto é você, desprezível e derrotado!

Além do mais, na época em que tudo aconteceu, eu era espírita e muito devota aos orixás da Umbanda. Acendia velas, batia cabeça, deitava para anjo de guarda, andava de guia e anel de aço. Me lembrei também de quando minha avó, que era crente, me falava de igreja, eu dizia : “Lá vem você vó, cada um na sua, tá?” E ela, orando incessantemente pela minha conversão.
Não vou aqui comparar quem pecou mais sem Jesus, se eu ou se meu noivo, mas ele relutava a freqüentar o centro espírita, enquanto eu, sonhava para incorporar alguma entidade, porque isso dava status ali. Que grande perdão recebi do Senhor, que não nos julga segundo as nossas iniqüidades, mas segundo as suas grandes e eternas misericórdias! ( Salmo 103:10).

Lembrei da pecadora que ungiu os pés de Jesus, episódio contado em Lucas 7:36. A partir do versículo 47, Jesus diz que quem muito é perdoado, muito ama. Entendi porque eu suspirava pelo Senhor. Eu não era JUSTA por mim mesma, eu havia sido JUSTIFICADA, porque Ele pagou a minha dívida. Como Rute, eu tenho um resgatador, e entender isso no mais íntimo do meu coração era mais um passo a caminho da intimidade com o Senhor.

Meu olhar estava um pouco mais caído... caído de humildade, caído de constrangimento. Mas o melhor é sentir que Deus fica satisfeito quando damos passos em direção a Ele realmente. Não só dentro da igreja. Quantas pessoas vivem uma vida aparentemente saudável com Deus, mas no fundo não conseguem dar passos importantes como a liberação de perdão ou pedir perdão a alguém... Não quero dizer aqui que foi uma tarefa fácil. Não foi. Estaria sendo hipócrita se dissesse. Mas eu tenho um alvo: Jesus Cristo. A humilhação que Ele passou por mim foi tamanha que não considero mais nada como difícil demais.

Quero mais é sujeitar a minha carne a Cristo, ser entregue ao matadouro todos os dias (Salmo 44:22) por amor ao meu Senhor! O Senhor se agrada de um coração contrito e quebrantado. Não quero só ler que Davi agradou o coração, eu quero agradar, eu quero salmodiar todos os dias, mesmo entre lágrimas e em meio à provação.

Muitas vezes, quando me declarava desta forma ao Senhor, minha mente dizia assim: “Você é louca! Que humilhação o quê? Vive a tua vida!”. Mas eu retrucava e retruco sempre: Eu pertenço a Jesus e viverei para Ele, ainda que escorregue, levanto e corro para os braços dele!!!! Até a sua volta...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Aprendendo a respeitar a liderança

“Sujeitai-vos a toda autoridade humana por amor do Senhor”
1 Pedro 2:13

Meu primeiro escorregão foi quando falei de uma autoridade espiritual, de um líder. Eu o amava como irmão, mas não concordava com sua forma de trabalhar. Aí, o Senhor me exortou. Não dei ouvidos. Não me revoltei contra Deus, apenas fingi que não estava sentindo aquele incômodo estranho no meu coração. A coisa foi crescendo e quando vi, tinha caído. Deus me humilhou e consegui entender a profundidade do versículo que diz: Aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado (Lucas 14:11). Eu me exaltei, porque lá no fundo eu me achava capaz de fazer o trabalho do meu líder, esquecendo-me de que Deus o havia escolhido e que ele era uma pessoa maravilhosa.
Passei uma semana orando e nada acontecia. Toquei num ungido. Transgredi um mandamento e uma ordem do Senhor que está no Salmo 105:15: “Não toqueis nos meus ungidos e não maltrateis os meus profetas”. Não blasfemei, não defraudei, apenas dei minha opinião. Mas ninguém havia me pedido para dar minha opinião ou avaliar o ministério ou a personalidade de ninguém.
Cheguei a conversar com o pastor sobre o incômodo que eu estava sentindo em relação ao trabalho do irmão. Um dia, o Espírito Santo disse: “Quer ajudar, ore por ele”. Me senti uma pessoa horrível e senti muita vergonha de orar, de me chegar diante de Deus. Não pensei duas vezes e pedi perdão ao meu líder e senti Deus me pegando no colo e consolando. Como um Pai que depois de dar umas boas palmadas no filho, o consola. Aprendi. A dor deixou cicatrizes e cada vez que minha boca se movimenta para dar opiniões desnecessárias em relação a um ungido, eu freio. E a palavra mais uma vez se cumpriu: “pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho” (Hebreus 12:6).
Confesso que ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas acredito que estou indo para o lugar certo. Hoje olho para esse líder e glorifico ao Senhor pela sua humildade. Ele se tornou um exemplo para mim. Reconheci que ele não foi exaltado pelos olhos humanos, mas pelos olhos espirituais, porque Deus não vê as aparências, e sim o coração. Entendi realmente que Deus escolhe aqueles que não são para que sejam (1 Co1:28). Meu olhar começava a cair...

domingo, 23 de novembro de 2008

Quando os olhos caem....


Queridos, dividirei aqui com vocês nos próximos posts trechos de um livretinho que escrevi há quase 6 anos, algumas experiências que tive no início da minha caminhada cristã. Espero poder abençoar a sua vida:

Lendo pela primeira vez o apóstolo Paulo dizendo que sentia prazer nas fraquezas e se gloriava nas suas necessidades (2 Co 12:9), confesso que não consegui me conformar. Achei uma verdadeira loucura, mas como Deus diz que escolhe as coisas loucas para confundir os sábios (1 Co 1:27), eu tentava entender, só que com a mente. Também cheguei a pensar que Paulo estava pagando pelos pecados cometidos quando ainda perseguia os cristãos. Erro grosseiro, esquecendo-me da graça e de que Jesus perdoou nossos pecados e nos redimiu. Mas então, que prazer doido é esse? Masoquismo?Que coisa mais louca é essa? Lembrei-me do que meu pastor me disse uma vez, quando eu era recém-convertida. Ele me disse que o evangelho possuía espinhos. Que espinhos eram esses que na minha caminhada eu descobriria?

Desde que me converti, sempre fui completamente apaixonada por Jesus. Louvava-o com todas as minhas forças. É comum me ver pulando na presença do Pai, ou como a pecadora banhando os pés do Salvador com suas lágrimas de arrependimento (Lucas 7:36). Pouco me importo se alguém está me olhando ou se vou estragar a maquiagem num culto de domingo à noite, eu quero é me derreter e ser consumida pelo amor de Cristo. Não penso que todos devem manifestar seu amor a Deus desta forma, pelo contrário, acredito que há pessoas muito mais espirituais do que eu, que não demonstram em público o que sentem pelo Pai, mas no secreto têm bastante intimidade com nosso Senhor. O que quero dizer é que sou uma pessoa intensa e tudo na minha vida é intenso.

Quando comecei a buscar ao Senhor verdadeiramente, não as bênçãos, mas o galardoador dos que o buscam, alcancei nova dimensão espiritual. Cristo começava a se revelar para mim de uma forma diferente, mais íntimo, mas perto, mais amigo. Costumo dizer que quando entro no meu quarto sinto um quentinho. Esse quentinho é a presença de Deus. Quando entristeço o Espírito Santo, meu quarto fica gelado. A presença de Deus vai embora.

Chegar perto do Pai exige separação e santificação. Para tal, Jesus teria de mudar o meu interior, me curar, moldar-me ao seu propósito. Quando ouvia, lia e via grandes pregadores como Max Lucado, Jorge Linhares, Silas Malafaia e o evangelista D.L. Moody (o homem que ganhou mais de 500 mil almas e reunia a cada reunião no mínimo mil pessoas) falarem de seus desertos, de suas provações, achava bonito a forma como entregavam suas vidas ao Senhor, mas ainda assim ficava-me confuso entender o mistério.

Mas a intimidade com a Palavra e a sede que eu tinha (e tenho) de conhecer o coração do Senhor me fizeram sentir sensações estranhas: tristeza, inconformismo com minha natureza e um arrependimento que me fizeram contemplar a minha natureza humana, frágil, independente, soberba, segura e orgulhosa. O apóstolo Paulo afirma em 2 Coríntios 7:10 que “a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o que não traz pesar; mas a tristeza segundo o mundo opera a morte”.

“Ái de mim! Pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros e habito no meio dum povo de impuros lábios”.

As palavras do profeta Isaías registradas no capítulo 6 do livro que tem o seu nome me fizeram entender o que eu começava a passar. O evangelista do Antigo Testamento já era um homem de Deus, mas ao contemplar a santidade do Senhor viu-se pecador e imperfeito. E eu que fôra comprada pelo sangue de Cristo e que recebia no meu interior a promessa do derramamento do Espírito (Joel 2:28) e da troca do coração de pedra para um coração de carne, como me sentiria diante da presença real e da santidade e perfeição do Criador, que não atentou para sua glória, tornando se maldito para salvar uma pecadora?

E como se não bastasse o sacrifício, após escolher a pecadora, deseja morar dentro dela e ainda afirma preparar uma morada para ela na eternidade. É perfeição demais e maravilhoso demais para entender. Faço minhas aqui as palavras de Davi no versículo 6 do Salmo 139: “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim, elevado é, e não o posso alcançar”.

A necessidade de melhorar como ser humano constrangeu-me a buscar ser moldada como o barro nas mãos do oleiro. Depois que comecei a trabalhar na casa do Senhor, e dar frutos, ainda que pequenos e muitas vezes invisíveis, uma Palavra entrou no meu coração: “Toda vara que em mim não dá fruto, ele a corta, e toda vara que dá fruto, ela a limpa para que dê mais fruto (João 15:2)”. Jesus falou ao meu coração que tinha pressa em me usar e que ia me limpar para que cada vez eu pudesse ser mais frutífera. Quando entendi, não mentalmente, mas espiritualmente, me dispus a ser purificada e ser curada de tudo aquilo que me incomodava e me impedia de entrar com ousadia na presença de Deus e desfrutar da sua maravilhosa e inesquecível companhia todos os segundos da minha vida.

Não queria me derreter para Jesus somente quando havia uma ministração, queria mais. Quero todos os dias, todos os momentos, todos os minutos, ter o coração queimando, pois Jesus ao subir aos céus, depois da sua crucificação, prometeu estar comigo todos os dias da minha vida (Mateus 28:20). E eu vou buscar essa presença com esforço e sacrifício, se preciso...

Daí em diante começou uma sucessão de experiências com o Senhor, que aos poucos tem produzido em mim maturidade espiritual e amansado minha extrovertida e falante personalidade (muito falante!). Por diversas vezes me olhei no espelho e desejei ser uma nova pessoa. A constante luta entre alma e espírito me deixava agoniada muitas vezes. As palavras que saíam da minha boca quase sempre me comprometiam com o Senhor. Isso doía no meu interior.

Lembro-me constantemente de 2 versículos: “ Porque da multidão dos trabalhos vêm os sonhos, E DA MULTIDÃO DE PALAVRAS, A VOZ DO TOLO (Eclesiastes 5:3) e O que guarda a sua boca e a sua língua guarda das angústias a sua alma ( Provérbios 21:23)”.

Apesar de já ter descoberto e experimentado a misericórdia e o perdão do Senhor, eu não aceitava a minha natureza. Os costumes do mundo que tinham vindo comigo para a igreja. Tinha de deixá-los aos pés de Cristo. Mas como? De que forma conseguiria realmente mudar meu interior, meu caráter? Como Jacó, eu desejava mudar de nome, ser tocada e ser moldada.
Diversas vezes li na Palavra sobre correção, sobre provas, até aconselhei pessoas a respeito, mas minha vida continuava estável. Cheguei a pregar sobre provação numa reunião de mulheres. Mal sabia o que me esperava. Tinha defeitos na minha personalidade que queria (e ainda quero) que Jesus mudasse sem demora. Queria ser usada através das minhas intersseções e ajudar a aumentar o Reino de Deus. O Espírito Santo no meu coração dizia: “E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança, a experiência” Romanos 5:3-4

sábado, 22 de novembro de 2008

Carregar a bandeja!


"Neguinho tem uma sede de mandar, né? ".. assim bem popular...
O tema é pesado, dai, vamos descontrair.. quero falar sobre Liderança e Serviço...

To pegando carona no discipulado que estou tendo na igreja para levantar esse tipo de discussão aqui....

Não aguento mais ver as pessoas falando: sou lider disso, sou lider daquilo, meu lider isso, meu lider aquilo, o lider do ministerio disso, o líder do ministerio daquilo outro...

O objetivo aqui não criticar nada, é levantar a reflexão sobre o que é ser um líder e o que é ser um servo. Todo mundo quer ser líder. Eu tb já quis. Esse bichinho, a doença - a liderpatia- também, já me picou. Há uma necessidade no ser humano de ser maior, de se sentir maior, debaixo de uma falsa humildade, que necessidade há de se instituir tantaas lideranças e ministérios? Meu Deus....

Todos querem mandar. Ninguém quer servir. Isso dá status, liderar alimenta feridas de rejeição, calma, estou falando de líderes imaturos, que não são levantados por Deus. O ego infla. Mas e o servo? Alguém o vê?

O servo é invisivel... faz o trabalho sujo, doloroso e que nao aparece. Mas esse é o trabalho que Deus honra.

Onde Davi estava? Escondido nas malhadas de seu pai.

Que Deus nos livre do desejo de poder, de controle e de manipulação dentro da obra de Cristo. Que aprendamos verdadeiramente o que é servir. Que aprendamos a orar sozinhos, onde ninguém ouve, apenas o que precisa ouvir: O Pai. Que aprendamos a ajudar onde ninguém nos conhece. Que nossas obras sejam esquecidas pelos homens, para que não sejamos reconhecidos nesta terra.
Que Deus nos trate e que sejamos servos....
E que atire a primeira pedra aquele que nunca foi tentado a liderar mais do que servir..........

PROTESTO

NÃO, NÃO VOU DEIXAR QUE A FRIEZA DOS ÚLTIMOS DIAS E A FALTA DE AMOR AO MEU REDOR APAGUE A CHAMA QUE ELE ACENDEU EM MIM.

NÃO VOU PERMITIR QUE MEU CORAÇÃO SE FECHE QUANDO EU FOR PISADA, AMASSADA, HUMILHADA E DESPREZADA. VOU PERDOAR E AMAR.

NÃO, NÃO VOU PERMITIR QUE A OPRESSÃO DO INIMIGO DAS NOSSAS ALMAS ME PRIVE DA PRESENÇA DO MEU REI. ELE É A FONTE DA MINHA ALEGRIA.

NÃO NÃO VOU PERMITIR QUE MEU CARÁTER SEJA MUDADO. NÃO, NÃO VOU PERMITIR SER SUGADA PELO CONSUMISMO DOS ULTIMOS DIAS.

NÃO, NÃO VOU PERMITIR QUE AS DIFICULDADES E AS TRISTEZAS QUE FAZEM PARTE DA VIDA APAGUEM E OFUSQUEM O QUE EU SINTO POR DEUS.

NÃO, NÃO, NÃO!

CONFRONTO


Há dois dias atrás ouvi algo de Deus que me abalou profundamente. Estava em jejum e orava num momento de confissão e de arrependimento. Deus me falou: "enquanto desejares mais as coisas da terra, o conforto, a comida, o divertimento, os prazeres do que as coisas do céu, não estarás preparada para o céu".

Aquilo chocou-me profundamente e fiquei ali chorando, pedindo a Ele que me ajudasse a vencer a minha carne. Ouvi estes dias do meu profeta que o reino de Deus é ganho "pelo esforço". Isso é violentar a minha carne.

Confesso que adoro televisão. Internet não me seduz tanto não... acho ORKUT sem graça (com respeito aos que curtem) e não tenho muita paciência para ficar navegando mais não. Mas a televisão, ai, ai, ai. Jesus! Gosto de ver Chaves, novelas, jornais, tudo. E isso tem roubado meu tempo com Deus. Meu tempo de leitura da Palavra.

Quero dividir aqui o desespero da minha alma, em desejar mudança, desejar viver uma vida nova com Deus, desejar mais tempo com Ele. Jejuar mais, meu Deus! As pessoas tem vivido como se Jesus não fosse voltar. Vivemos no tempo da graça sim. Nao precisamos de penitências, nem de rituais, mas o acesso ao Santo continua exigindo santidade e dedicação. A graça de Deus não é vã.

Eu não posso confundir reverência com graça. Que o Senhor tenha misericória de mim! E que minha carne tenha mais fome e sede de sua presença!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Reconheço


Senhor, reconheço que tu és o Senhor, que não há outro como tu, que não existe nenhum Deus semelhante a ti. Os povos constroem deuses com as próprias mãos, deuses que nã falam, não enxergam, nada podem fazer, eu escolhi te adorar, e te conhecer. Te render graças. Outros preferem ignorar a sua grandiosa existência, suas mentes, pai, os entenebrecem e ofuscam a verdadeira sabedoria e entendimento. Outros, ainda, Senhor, por orgulho, sofrem, sem reconhecer que as tuas mãos estão estendidas.... Perdoa Senhor, os que maldizem o teu reino, os que, embebidos do engano deste mundo, dá de ombros á verdade da Tua Palavra. Que tenham oportunidade de conhecer-te e render-te louvores e se relacionar contigo como Pai. Te amo, Senhor, meu amor, meu amorzinho, razão da minha vida!

Guardiões e atalaias


Hoje, vindo para casa numa van, lamentei muito a conversa que ouvi entre duas moças. As duas pareciam estar afastadas da igreja e estavam, para variar, falando mal e criticando líderes e denominações. Lamentei profundamente. Principalmente, porque já caí nessa armadilha.

Queridos, não falem mal dos seus líderes, nem da sua igreja. Se não concorda, peça a bênção e saia. Se você não foi plantado ali, certamente Deus o colocará em outro lugar onde vc será feliz. Cuidado com a sutileza satânica de nos fazer rebeldes e maldizentes, pecados que acendem á ira de Deus.

Igrejas são falhas, homens são. Isso é normal. Sejamos maduros, é o momento de deixar as feridinhas do passado, as rejeiçõezinhas repetidamente ministradas pela cura de Deus e tomarmos uma posição de guardiões, de atalaias do nosso povo.

O povo judeu, povo escolhido por Deus, não fala mal um do outro. Eles compreendem que Deus ordena a bênção na união e eles tem certeza da identidade que carregam de filhos de Deus. Abramos nossos olhos e coração para abençoar e proteger nossos pastores e irmãos...

A Bíblia diz que o mexerico é como bocado que desce gostoso ao ventre, nossa natureza carnal gosta de falar mal... mas se somos novas criaturas, não façamos isso.

Se, e quando o nosso foco for Jesus, todas as outras coisas ao redor parecerão pequenas e não roubarão nosso tempo e atenção.
Boa noite pra vc!

domingo, 2 de novembro de 2008

Diferentes?

"É fácil discernir os que são chamados, porque eles sãos diferentes. Enquanto os outros estão crescendo espiritualmente, estes estão crescendo radicalmente. Enquanto outros estão se divertindo, eles estão estudando, orando, saindo às ruas e testemunhando, expulsando demônios e orando pelos doentes para que sejam curados. Essa é a diversão deles."Rick Joyner, em O Ministério apostólico

Sacerdócio

Demorei um tempão para descobrir o que é sacerdócio... Mas aprendi. Antes, eu achava que somente se eu estivesse servindo dentro da igreja é que seria aceito por Jesus. Ah, como satanás tem enganado os filhos de Deus com essa mentira. Ei, somos um povo eleito e escolhido para brilhar no meio das trevas. Sim, no meio das trevas. Uma das estratégias do nosso inimigo é nos colocar em disputa e competição com nossos irmãos querendo fazer o que o outro está fazendo. Não, nao é isso que quer o nosso Pai. Tenho aprendido com meus pais espirituais que uns trabalharão dentro e outros fora. Não se pode dar um chamado a ninguém. Chamado vem do Pai. Dons vem do Pai das Luzes. Atentemo-nos para isso.
Empresários são sacerdotes, professores são sacerdotes, jornalistas são sacerdotes, (leo, preciso de vc... dos seus talentos), pastores são sacerdotes, profetas são sacerdotes, empregadas domesticas são sacerdotisas;;;; como diz aquele hit que não sai da cabeça - CADA UM NO SEU QUADRADO.

Uns serão sacerdotes integrais e outros sairão e brilharão no mundo.
Quero usar um exemplo de uma pessoa que conheci há um ano: Raquel Tinoco, professora dos cursinhos que fiz para o concurso do TJ. Ela é uma cristã verdadeira, que reflete Jesus e nem precisa dizer isso. Seus alunos sentem a presença de Deus mesmo sem saber que é Deus., Esta é um luzeiro no mundo. Vejam seu blog aí nos meus favoritos e tb sejam abençados.

Uma empregada doméstica é sacerdotisa onde ela está, lembre-se de que foi a serva do palácio de Naamã que indicou Eliseu para que ele fosse curado da lepra.

Ei, não se ache diminuído porque você não é um missionário, um pastor de ofício, Sinceramente, não queira o chamado que Deus não tem para a sua vida e para a minha vida. Ser pastor não é brincadeira. Quanto mais é dado, mais será cobrado, cuidado!

Oremos para que sejamos luz onde estivermos, onde Ele nos colocar, queiramos a sua vontade, oremos a sua vontade!
Boa semana para vc, amigo!

Mais uma reflexão....

Tenho observado algumas coisas ao meu redor. Aliás, sou uma jornalista, é impossível não observar e analisar. Confesso que isso às vezes é um defeito terrível, que pode me atrapalhar, mas também me faz refletir sobre certos assuntos e sentimentos. Há aproximadamente um ano, Deus iniciou um novo tempo na minha vida. E, pasmem, não foi um tempo começado com profecias, imposição de mãos ou promessas. Sim, tudo isso estava ali, mas foi um tempo de aprendizado e crescimento. Deus não me paparicou, não ficou me bajulando, tampouco meus pastores e amigos. Pelo contrário.
Fiquei sozinha, me redescobrindo, a cada pregação e oração eu era confrontada por Jesus, pela sua verdade. Chorei baldes quando ele me mostrava o quanto eu me sentia rejeitada e não era. Doeu muito profundo no meu coração quando sua voz me disse que eu não era quem eu pensei que fosse. Que minha justiça era como trapo de imundícia e que se eu não deixasse Ele me mudar, nada aconteceria. Sim, foi doloroso. Lembro-me aqui da virada de ano de 2007 para 2008, eu tava tão malzinha, hehehehe. Mas a misericordia Dele nunca me desamparou. Dia após dia Ele foi desnudando os meus olhos e eu vi que meus conceitos estavam errados. Não precisava ser bajulada, embora eu ame um chameguex (como eu e Vini falamos). Eu precisava ser sarada. Aquele sentimento de orfandade era demoníaco, a velha estratégia de Satanás para nos derrubar e nos matar por dentro. Decidi que não queria mais isso.
Aprendi, amigos, que nossa decisão e nossas escolhas fazem toda a diferança, ou eu me levanto e sigo em frente, ou permaneço caída. O Senhor não vai perdoar ninguém por mim, Ele não fará aquilo que eu tenho que fazer. Fui levantando, amando minha igreja, meus irmãos, conhecendo as novas pessoas, me encaixando na visão dos meus pais espirituais e principalmente obedecendo. A obediência e a humildade derrubam as fortalezas mais poderosas da nossa mente e espírito e deixa o inferno sem saída contra nós.
Neste período, vi que não preciso tanto assim de algumas pessoas. Sou uma apaixonada por gente e por ter amigos, mas via que algo não era normal, essa sempre foi uma área da minha vida que vivia ferida e despedaçada, porque não conseguia manter minhas amizades, ou elas iam embora sem eu ter tempo de perguntar por que ou eu mesma as matava. Deus me mostrou que há pessoas que ele nao quer ao meu lado, outras ficarão um tempo afastadas, me mostrou que eu preciso é Dele. Tirou-me a descofiança da igreja, me fez renovar meu coração.
Eu confio nos meus pastores, eu confio na minha igreja, eu confio nos meus irmãos.
Amigos, talvez me ache uma contadora de histórias, e na verdade, o sou.
O Senhor só age quando deixamos Ele agir. Enquanto não nos despojamos de tudo verdadeiramente, nada acontece. Continuamoos no mesmo lugar.
Meu testemunho de vida é esse. Não de mim, mas Dele, não quero testemunhar o que eu faço, quero testemunhar o que Ele faz e quem Ele é.