sábado, 27 de dezembro de 2008

Aprendendo a me relacionar com Jesus

“Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o é a nós o Senhor nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?” Deuteronômio 4:4

Ouvimos muito falar em noiva, que a Igreja é a noiva e que cada um de nós somos noiva de Jesus. Principalmente nestes últimos anos em que a adoração profética, com liberdade, tem se propagado pelo Brasil e pelo mundo. Também ouvimos dizer a palavra avivamento. Que “tal igreja está avivada”. Particularmente, não gosto muito do rumo em que esses termos estão levando o verdadeiro sentido do mover do Espírito de Deus. Sinto que muitas vezes força-se um sobrenatural que não existe.
Reuniões ungidas, com pessoas caindo daqui e dali, são maravilhosas. Mas será que se sabe realmente o significado do mover de Deus? Tudo gira em torno do binômio arrependimento e santidade. Caímos no espírito para quê? Para os outros olharem e nos considerarem espirituais? Este sentimento deve ser banido e repreendido das nossas vidas. O Senhor nos “derruba” para nos curar, para nos tratar. Quem não levanta diferente não participou do mover de Deus. Quando os sacerdotes caíam no templo de Salomão, eles caíam de temor, de arrependimento e por desejo de ser mudados. E por quê? Porque contemplavam a glória do Senhor...
Há quase 2 mil anos cumpriu- se a promessa de Joel 2:28 e a unção que está dentro das igrejas hoje é maior do que naquela época, porque hoje ela habita em nós. E por que poucas pessoas são realmente transformadas? A verdade é que muitas não se abrem e acabam vivendo de modismos evangélicos. Não podemos deixar isso entrar nos nossos corações e no nosso relacionamento com Deus.
Precisamos conhecer a Jesus como Ele é, e não como dizem. Cada um de nós precisa ter um relacionamento pessoal com Ele. Um dia, meu pastor disse que a vida com Deus era “cada um dia um pouquinho” e não “dias de muito e dias de nada”. Hoje entendo. A vida com Deus não é somente na alma, é mais no espírito que na alma.
Isso traz paz, conhecimento e maturidade. Estudo da Palavra, vida diária com Deus, gratidão, confissão e quebrantamento. Nosso relacionamento com Deus não pode ser cultivado apenas na igreja, na hora de dormir... Deve ser durante todo o dia, dentro e fora da igreja.
Cada um de nós é diferente do outro, então a relação com Deus também será diferente. Há um espírito de engano e de superficialidade atuando em muitos dentro das igrejas. Olhamos para os outros, elegemos ícones da espiritualidade. O ícone é Cristo. Para Ele devemos olhar. O Diabo quer minar nosso relacionamento com Deus. Porque uma vez mal relacionados com Deus, ficamos estagnados.
O Senhor Jesus tem diversas características que precisamos conhecer. Não há nada mais gostoso do que desfrutar dessas revelações, que não compreendidas pela mente, mas pelo espírito. Jesus é Pai, amigo, Senhor, Salvador, Intercessor, Sacerdote, Rei e tantas outras faces que Ele quer nos mostrar. Precisamos pedir a Ele que nos mostre todas essas faces.
Uma vez fiquei meditando no que Neemias disse no capítulo 8:10 “ pois a alegria do Senhor é a vossa força”. Fiquei imaginando a alegria do Senhor, imaginei como seria a risada gostosa do Senhor depois de uma piada... Essa era uma revelação da personalidade de Deus que eu precisava conhecer. Vamos deixar de lado a imagem do Deus mau e austero e conhecer realmente quem é Deus. Deus não é estático, Ele sente, Ele fala, ri, chora, fica irado, ama... A reação dele para cada um de nós vai variar conforme nosso procedimento.
Até a oração, o Diabo tem roubado de muitos servos de Deus. Se não tomarmos cuidado, a oração fica monótona e morta. No início da minha vida cristã, já me peguei repetindo as mesmas orações dia após dia, como se fosse uma reza (Pai, obrigada pelo meu dia, pela segurança, pelo alimento...). Devo agradecer? Sim, mas com vida, não com palavras decoradas. Que relacionamento sem vida! Mas acordei a tempo e passei a conversar com o Senhor.
Imaginem duas amigas, que se falam todos os dias, será que elas sempre falam as mesmas coisas? Claro que não! E por que nós muitas vezes nem cremos que Deus está nos ouvindo? Deus, o Todo- Poderoso, fala a todo instante. Fala no coração, no espírito, na mente, através de um louvor, de um irmão, do obreiro, do diácono, do pastor, e se preciso, usa até a mula para falar conosco. Então por que o relacionamento de muitos está morno? Falta conversar com o Senhor. Crer que Ele ouve quando nos ajoelhamos e falamos com Ele e crer que nos responde. Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre. Nós é que somos instáveis, Ele não.
Já ouvi pessoas dizendo: Deus não fala comigo. Ele não faz acepção de pessoas. Em Jó 33:12-18, Eliú diz que Deus fala de diversos modos para livrar o homem da sua soberba e da morte.
Experimente viver de forma mais intensa com o Senhor. Ser sincero, deixar as formalidades para o lado e conhecer verdadeiramente o teu Deus. Tenha amor pelo Senhor, sonhe com o dia do arrebatamento! Ele sonha com isso, o Espírito diz: Vem. Diga também. Medite sobre a obra redentora do Senhor na sua vida, lembre-se de onde Ele te tirou e como Ele transformou a sua vida. Chega de monotonia e de tradição. É hora de viver em espírito e em verdade, sem máscaras, sem aparências.
Deus é amor, e um relacionamento com Deus sem amor é mentiroso e vazio. Todos os dias, as misericórdias do Senhor se renovam, é como se Cristo dissesse: Renovo o meu amor contigo nesta manha. E nós, renovamos esse amor? Como anda a nossa vida com o Senhor? Termino este capítulo com uma comparação que o bispo da minha igreja fez, e com muita propriedade: não podemos estar na “onda”, porque a onda passa, precisamos estar no profundo do mar, onde estão escondidos os tesouros e a riqueza, tanto espiritual como material. Onde você está? Onde quer chegar?

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